Madagascar/França | Raymond Rajaonarivelo | 1988 | Drama/Ação | IMDB
Francês/Malgaxe | Legenda: Português/IEspanhol
79 min | XviD 720 x 432 | 2.770 kb/s | MPEG1/2 L3 111 kb/s | 29.970 fps
1,25 GB
Tabataba (Rumor)
Tabataba (Rumor)
Tabataba se passa em 1947, no coração de uma vila tradicional malgaxe, em Madagascar. É neste lugar afastado que se fomenta a revolta contra o regime colonial - o germe de uma revolução que, alguns anos mais tarde, levaria à independência de Madagascar. Um "estrangeiro" portador dos princípios do Movimento Democrático da Renovação Malagache (MDRM) trava um debate clandestino com os homens da vila. Que via tomar para a independência? A luta armada? O voto democrático? Transbordando de entusiasmo, o camponês Léhidy se decide pela primeira opção, passando a liderar um grupo de conterrâneos. A história da insurreição e da sua repressão é vista através dos olhos do garoto Solo.
O diretor
Raymond Rajaonarivelo nasceu em 1949 em Antananarivo, Madagascar. Fez seus estudos secundários em Antananarivo e depois seguiu para a França, onde cursou no Departamento de Cinema da Universidade Paul Valéry em Montpellier até 1975, e depois na Universidade Paris VIII até 1980. Paralelamente, produz dois curta-metragens em Madagascar. Foi igualmente assistente-diretor em um longa metragem de C. Richard. Tabataba é seu primeiro longa metragem. Sobre o filme, o diretor disse:
"Eu tinha 12 ou 13 anos, a idade do garoto no filme, quando meu avô trouxe um de seus amigos para casa. Esse homem estava paralizado e era necessário carregá-lo para deslocá-lo. Depois da refeição, ele foi colocado em um sofá e ele nos contou uma história. Ele era médico e guerrilheiro da Independência em 1947. Quando o exército francês começou a repressão e queimou as vilas, ele fugiu com sua família para a floresta. Eles foram em seguida expulsos de seu esconderijo por soldados senegaleses conduzidos por um oficial francês. Estes, depois de massacrar sua família diante de seus olhos, torturaram-no e deixaram-no para morrer. Ele sobreviveu graças a plantas medicinais até que foi encontrado algumas semanas depois da insurreição. Ele havia se tornado hemiplégico. Eu nunca mais esqueci essa história e cresci com o pensamento de que, um dia, eu escreveria algo sobre o testemunho deste homem e sobre aqueles acontecimentos. Neste filme, eu não quis mostrar os massacres (aconteceram em torno de 100.000 mortes decorrentes da repressão mas também da fome e doença) porque eles faziam, de qualquer forma, parte da história de Madagascar. O que me era mais caro era evocar essa destruição física e psicológica das sociedades vilãs, relatada como naquela lenda malgaxe que conta que o vento que atravessa a floresta carregado de polén tóxico leva a loucura pelas vilas por onde passa. Tabataba é o rumor..."
"Eu tinha 12 ou 13 anos, a idade do garoto no filme, quando meu avô trouxe um de seus amigos para casa. Esse homem estava paralizado e era necessário carregá-lo para deslocá-lo. Depois da refeição, ele foi colocado em um sofá e ele nos contou uma história. Ele era médico e guerrilheiro da Independência em 1947. Quando o exército francês começou a repressão e queimou as vilas, ele fugiu com sua família para a floresta. Eles foram em seguida expulsos de seu esconderijo por soldados senegaleses conduzidos por um oficial francês. Estes, depois de massacrar sua família diante de seus olhos, torturaram-no e deixaram-no para morrer. Ele sobreviveu graças a plantas medicinais até que foi encontrado algumas semanas depois da insurreição. Ele havia se tornado hemiplégico. Eu nunca mais esqueci essa história e cresci com o pensamento de que, um dia, eu escreveria algo sobre o testemunho deste homem e sobre aqueles acontecimentos. Neste filme, eu não quis mostrar os massacres (aconteceram em torno de 100.000 mortes decorrentes da repressão mas também da fome e doença) porque eles faziam, de qualquer forma, parte da história de Madagascar. O que me era mais caro era evocar essa destruição física e psicológica das sociedades vilãs, relatada como naquela lenda malgaxe que conta que o vento que atravessa a floresta carregado de polén tóxico leva a loucura pelas vilas por onde passa. Tabataba é o rumor..."
Raymond Rajaonarivelo - Fonte (em inglês)
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